A nova ferramenta do Banco central, a qual permite pessoas e empresas consultarem valores deixados em contas inativas, foi tão acessada que os servidores do BC ficaram congestionados.
O SVR, Sistema de Valores a Receber, foi acessado por milhões de pessoas desde o lançamento, fazendo os computadores da instituição terem instabilidade.
São cerca de 8 milhões de reais em contas de bancos e instituições financeiras, valor que pode ser resgatado através da nova ferramenta. O banco de dados mantém informações de contas criadas a partir de 2001.
Somente nos dois primeiros dias, 900 mil reais foram recuperados, segundo o BC. A maioria dos valores são pequenos, considerados sobras, e podem ser transferidos para outra conta.
O dinheiro pertence a pessoas físicas e jurídicas. A maioria não sabe da existência e agora podem consultar e pedir o estorno. São saldos de contas correntes ou poupanças encerradas sem estarem zeradas.
Também há tarifas cobradas erroneamente, sobras de cooperativas de crédito e também de cartas de consórcios, não solicitadas pelos titulares.
Inicialmente, o Banco Central acredita que metade do valor pode ser recuperado no início do projeto. Futuramente, novas ferramentas farão parte do leque de serviços do BC.
Como resgatar os valores através do Banco Central
É necessário acessar o serviço Registrato, no site do Banco Central. Pode ser acessado também através do aplicativo do banco, o qual o cliente mantém conta ativa.
Também há a possibilidade de acesso pelo portal gov.br, porém, é restrito à usuários com nível prata ou ouro, ou seja, usuários que compartilham muitas informações para o governo.
Cadastro no Registrato, do Banco Central
O cadastro no Registrato é feito pelo próprio site do Banco Central, pelo aplicativo do banco do cliente, pelo internet banking ou por certificado digital de segurança. Sem o cadastro, não há como solicitar a restituição.
Já dentro do sistema Registrato, há a opção “solicitar por aqui”, onde os valores são realizados por PIX. Já a opção “solicitar via instituição”, pede um contato com o banco para pedir os valores.
Essa diferença ocorre, pois alguns bancos não aderiram ao termo do BC, sendo assim, não é possível a transferência por PIX.
Excepcionalmente, esses valores podem ser enviados por DOC ou TED, com o mesmo prazo do PIX, não ultrapassando duas semanas. A conta é escolhida no momento do cadastro no Registrato.
Pessoas que não possuem o serviço PIX precisam informar todos os dados bancários para transferência. O sistema possui os formulários necessários para incluir essas informações.
Acessando o Minha Vida Financeira, do Banco Central
O serviço Minha Vida financeira é o responsável por todas as consultas, tanto de pessoa física, tanto de jurídica. Para acessar o site, clique aqui. O serviço também foi lançado em forma de aplicativo para smartphone.
Dentro da ferramenta, clique em “consulta ao relatório valores a receber”. Para realizar a busca, não é necessário cadastro, apenas entrar com o CPF ou CNPJ. Caso tenha saldo, o sistema informa. Bancos que não mais existem não podem ser consultados.
No caso de não ter nenhuma restituição, o cliente vê a mensagem “você não possui valores a receber. No caso positivo, aparece “consulta realizada com sucesso”.
Tendo direito a restituição, a ferramenta orienta o acesso ao serviço Registrato, para obter mais informações sobre os valores e a instituição financeira.
O sistema Registrato contém um banco de dados com todas as movimentações financeiras. Ele é parte do SVR, Sistema de Valores a Receber, do Banco Central.
Melhor horário para acessar as ferramentas do Banco Central
Devido à alta demanda e o congestionamento dos servidores, é recomendado acessar as ferramentas do Banco Central fora do horário de pico. Entre 22h e 6h são os melhores horários, a fim de evitar lentidão ou falhas.